Hostel Villa 25

A história desse projeto começa com uma pergunta do cliente:
Quantas camas de Hostel cabem nessa casa?

Projeto de autoria do sócio da MEMO Rodrigo Calviño e também do arquiteto Diego Portas: o Hostel Villa 25, na Rua Gago Coutinho, localizado no coração do bairro de Laranjeiras.

Concluída no final de 2016, a obra teve grande reconhecimento. Foi contemplada em importantes premiações, com destaque para o prêmio anual do IAB do Rio de Janeiro, o Prêmio Tomie Ohtake e a seleção – entre os 20 melhores projetos da América Latina – pelo prestigiado prêmio Oscar Niemeyer no ano de 2018.

No projeto, olhar apurado dos arquitetos foi além da quantidade de camas… a situação pré-existente que se impunha – um grande casarão do século XIX em estado de abandono, isolado por detrás da igreja do Largo do Machado e confinado entre empenas das edificações limítrofes – resultou na requalificação de todo o conjunto que ganhou uma condição urbana ao abrir-se para a rua.

É preciso destacar que o projeto viabilizou todo o potencial construtivo do terreno através da criação de um anexo que por sua vez colaborou na conformação espacial do interior do lote. O pergolado, adjacente a uma das empenas laterais reforçou a ideia de um pátio circundado pelas galerias pré-existentes que servem aos quartos.

O processo de projeto iniciou-se com o desafio de adaptar um programa de hostel (com quartos menores e otimizados) a um casarão eclético, adequando grandes salões, de variadas dimensões, e um ritmo próprio de esquadrias.

A partir dessa preexistência, a estratégia dos arquitetos foi potencializar a experiência de vivência coletiva, fabricando “quartos cabines”, modulados e ventilados através de galerias adjacentes às fachadas.

Essas circulações-varandas constroem um percurso por todo o perímetro da edificação e proporcionam aos hóspedes a experiência de vivenciar os espaços coletivos de vários pontos do edifício.

A nova edificação anexa foi pensada seguindo a mesma ideia de galeria: implantada com o objetivo de conformar um pátio central que abriga a piscina e outros espaços de uso comum.

Instalado junto ao acesso do hostel, o bar foi projetado como um equipamento de conexão do edifício com a rua, compartilhando com a vizinhança do bairro a experiência do uso do pátio.

Desenhado em serralheria de vergalhões lisos e vidro, é resultado de uma ávida busca dos arquitetos em reforçar o diálogo com a arquitetura histórica, estabelecendo uma releitura contemporânea a partir do uso do ritmos de pilares, alinhamentos e níveis observados na varanda existente, em ferro fundido.