O Terceiro Quarto

Por: Ignez Ferraz

 

A terceira via política não está decolando, mas a existência de um terceiro quarto nos lançamentos imobiliários – mesmo que em dimensões reduzidas – parece que sim.

O trabalho em home-office, iniciado durante a pandemia, veio para ficar, muitas vezes abrangendo mais de um membro familiar. O que era esporádico, consolidou-se como realidade.

Com isso, esse desejável terceiro cômodo deve ser multiuso e, de preferência, próximo à entrada: para o filho adolescente ou de sexo diferente do primeiro, para uma visita ocasional, um membro mais idoso da família, ou, claro, o home-office que poderá até receber clientes ou parceiros para uma pequena reunião. Para quem quiser apenas aumentar a zona de estar, também é uma boa pedida.

Truques para sua versatilidade e ampliação visual:

ESTRADOS

Elevando o piso com estrados de madeira conseguimos espaço para guardar livros sob ele e, no restante da superfície, alçapões para roupa de cama ou equipamentos não utilizáveis com frequência. Os colchões podem ser desdobráveis e articulados para utilização como sofá para TV ou cama.

Outra opção é utilizá-los numa dobradinha camas- mesa de trabalho, inclusive reuniões.

RETRÁTEIS

As camas (solteiro, casal, beliche) e mesas retráteis (individuais ou para grupos) economizam espaço, tornando o ambiente tão clean que o cômodo poderia nem ter fechamento para outro ambiente.

Além disso, a superfície rebatida poderia ser aproveitada como quadro de explanações/desenhos ou ainda para fotos.

OCULTOS

Elementos não visíveis podem ter dupla função.

Portas ‘secretas’ guardam livros, álbuns de fotos ou outros objetos, enquanto mesas rotativas sob os tampos de trabalho auxiliam grandes projetos ou pequenas reuniões. De preferência, com acabamentos laváveis.

As duas fotos finais foram projetos meus, apresentados na Casa Cor como “Studio de adolescentes”.